A obra é uma produção realizada por artistas da cena cultural de Bauru.
A sessão é gratuita e aberta ao público. Após a exibição, haverá uma mediação com os diretores e outros profissionais que trabalharam no filme, que conversarão com o público sobre o processo criativo, os desafios da produção e a relação entre audiovisual o teatro e outras linguagens artísticas.
Gravado em Bauru e financiado pela Lei Paulo Gustavo, a série é uma realização do Núcleo de Estudos e Criação Cênico-Visual (NEC), projeto de pesquisa vinculado ao curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O NEC investiga as intersecções entre audiovisual, cena e educação, explorando temas ligados à constituição dos corpos, tanto no ao vivo quanto na mediação tecnológica.
A direção da série é compartilhada entre Prof. Dr. André Rosa, docente da UEM e especialista em processos cênico-visuais e educação, e Guilherme Laina, proponente, roteirista e codiretor. Guilherme é mestrando em Arte pelo PPGArtes da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), possui pós-graduação em Gestão da Indústria Cinematográfica pela FAAP e é graduado em Artes Cênicas pela UEM. Natural de Bauru, ele foi o responsável por articular a produção com artistas e técnicos da cidade, promovendo uma ponte entre o NEC e a cena cultural local.
A série tem como eixo central a temática dos encontros e desencontros, explorando situações cotidianas que, observadas sob a lente certa, revelam sentidos profundos sobre a vida, as relações humanas e as memórias que nos moldam.
A narrativa se ancora no Bar da Vera, espaço ficciona, lar de encontros e desencontros. Entre cerveja econversas improváveis, Vera (ou Fátima), uma mulher forte e independente, atua como guardião das histórias, conectando vidas e experiências que muitas vezes parecem desencontradas.
No episódio de estreia, o foco é Bruna, jovem nascida no litoral que chega a Bauru para estudar e tenta criar raízes em uma cidade que constantemente lhe devolve ecos do que ficou para trás: um amor, uma ausência e lembranças que o tempo não apaga.
Entre memórias, cartas nunca entregues e encontros casuais em um boteco, Bruna busca compreender a si mesma após uma despedida. Sua trajetória é marcada pela melancolia da distância, pela tentativa de permanecer e pelos pequenos momentos que configuram sua experiência afetiva na cidade.
As filmagens aconteceram em locais de forte identidade cultural para a população bauruense, como o Bar do Jair, a região da antiga ferrovia e a rodoviária, espaços que carregam significados afetivos e históricos. Esses cenários reforçam a conexão da narrativa com a memória e a história da cidade, permitindo que o público se reconheça nos lugares e nas situações retratadas.
O projeto evidencia ainda o potencial artístico de Bauru, reunindo atores, técnicos e criadores locais em uma produção que combina pesquisa, expressão cênica e audiovisual.
Além da história central, a série propõe uma reflexão sobre a maneira como histórias individuais se cruzam, se perdem e se encontram, promovendo um olhar sensível sobre as relações humanas em contextos urbanos.
“Pequenas Histórias Desencontradas” foi produzida com recursos do Fundo Nacional da Cultura (FNC), via Lei Complementar nº 195/2022 – Lei Paulo Gustavo, com apoio do Ministério da Cultura, Prefeitura do Município de Bauru e Secretaria de Cultura de Bauru.
Serviço:
Evento: Estreia e exibição de Pequenas Histórias Desencontradas: Aquilo que o Mar Guardou
Data e horário: 18 de outubro, às 14h
Local: Cine’n Fun – Alameda Rodoserv (R. Luís Levorato, 1-55 – Jardim Marabá, Bauru – SP)
Entrada: Gratuita e livre
Mais informações:@hist.desencontradas